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quarta-feira, 30 de julho de 2014

Diminui aprovação pelos serviços oferecidos pelo SUS

O Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS) completa 26 anos de existência e apresenta uma história de avanços e problemas. Ele contribuiu para a diminuição da mortalidade infantil e recebe elogios de usuários pela distribuição de medicamentos, mas a maioria desses usuários considera o serviço ruim ou péssimo. 

“Em 2002, 59% da população aprovava o SUS. Em junho de 2014, a porcentagem de aprovação passou para 19%”, diz André Medici, economista da saúde e do desenvolvimento social. Entre as reclamações são destacadas falta de equipamentos, a demora no atendimento em prontos-socorros, consultas e realização de exames. Além da ausência de médicos e outros profissionais da saúde. 

No mês de março de 2014, por exemplo, o Hospital Geral do Grajaú (HGG), localizado na periferia da capital paulista, ficou sem pediatra. O HGG é o único hospital de grande porte de uma das localidades mais populosas de São Paulo e atende até moradores de Parelheiros. 

A falta de médicos é um problema recorrente no país, mas além de pensar na busca por mais profissionais é preciso dar atenção à infraestrutura dos hospitais para que os pacientes tenham médicos e locais equipados para bons atendimentos. Outro fator importante é o investimento em tecnologia de informação. Segundo Medici, “facilitaria o serviço e o atendimento seria mais rápido”.

O SUS precisa conter a corrupção e atender as demandas trazidas pelo envelhecimento. Em relação a capital de São Paulo, os governantes do município e do estado precisam dialogar. “Quando os governantes estavam nas duas pontas eles não conversavam. Imagine então com PSDB e PT”, informa Gonzalo Vecino Neto, médico e ex-Secretário Municipal de Saúde de São Paulo. Vecino também diz, “as parcerias entre privado e público precisam ser transparentes”.

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