Sejam
bem vindos a esse distinto e elegante senhor de quase 80 anos. Construído numa
época, que em São Paulo, para se chegar até aqui, Rua da Cantareira, pegava-se
trens, bondes eternizados, como aquele “Trem das Onze”. Prédio suntuoso,
neoclássico por estilo e forma, e por crença, protegido por Ceres, aquela que
por outras formas foi singelamente retratada nesses coloridos vitrais, obras de
artes que encantam olhares atentos, e porque não, também os distraídos. Cenas
vivas do semear e colher, princípios fundamentais que nos fazem relembrar o
quanto é simples viver.
Aliás,
um dos poucos lugares dessa metrópole que ainda podemos vivenciar as delícias
de uma vida simples. As cores variadas das hortaliças e verduras, o aroma dos
condimentos e temperos, os sabores divinos dos vinhos, queijos e chocolates, a doçura
das frutas daqui e de outras terras, o paladar inusitado de especiarias do mar
e o gosto familiar ou não de certas carnes que só encontramos aqui.
Senhor
imponente recentemente revigorado. Toda readequação arquitetônica pensada para
oferecer aos visitantes melhores acesso, acessibilidade e conforto, afinal anos
de história não podem ser esquecidos, e sim, recontados às gerações futuras.
Serviço prestado a favor daqueles que
admiram a boa gastronomia. Quem ainda não experimentou os saborosos e
incontestáveis sanduíche de mortadela e pastel de bacalhau? Ou até para
paladares mais refinados, pratos exóticos preparados por grandes “chefs” no
Espaço Gourmet? A favor dos que prezam o patrimônio histórico e cultural. Ou
alguém contestaria que aqueles pastéis já não fazem parte do patrimônio cultural
paulistano? E claro, reverências àqueles que dedicam suas vidas a dar vida própria a nosso
protagonista.
Este distinto Senhor agradece a presença e estará sempre aqui para contar histórias, proporcionar aromas e oferecer delícias a todos que de longe ou de perto chegarem para desfrutar com plenitude desse Mercadão de São Paulo.
Por Bruna Freesz.
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