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terça-feira, 20 de novembro de 2012

O poder do cinema nas mãos dos nazistas

O Triunfo da Vontade


   O cinema foi uma arma poderosa nas mãos de Hitler para a difusão da propaganda nazista. Um exemplo é o documentário “O triunfo da Vontade”, que já foi citado num post que publiquei há algum tempo. A produção mostra o congresso do partido Nazista, que aconteceu em Nuremberg, Alemanha. E apresenta Hitler como uma pessoa fascinante, o verdadeiro messias que veio ao mundo para salvar os arianos das impurezas mundanas. Impurezas representadas pelos judeus, ciganos, homossexuais, comunistas e deficientes. O documentário foi feito pela cineasta Leni Riefenstahl, mulher que ficou marcada por essa relação com os nazistas.

   Outra figura marcante do cinema de Hitler é Veit Harlan. Considerado o maior cineasta nazista Veit Foi julgado duas vezes por crimes contra a humanidade devido a suas produções antissemitas. Responsável pelo filme The Jew Süss, Veit propagou o culto nazista. Para uma de suas netas The Jew Süss é um chamado para a perseguição dos judeus.

   O documentário Harlan – À Sombra do Judeu Süss, transmitido na madrugada dessa terça-feira na TV Cultura, mostra bem a carreira desse homem no regime totalitário, assim como apresenta o que pensa os seus descendentes que ainda vivem à sombra das ações dele. O filme também nos faz refletir sobre o poder que o cinema possui para alienar a mente das pessoas.

   Fritz Hippler também deixou sua marca nas produções cinematográficas do III Reich. Um dos seus trabalhos mais famosos chama-se O eterno Judeu, produzido a pedido de Joseph Goebbels, responsável pelo Ministério da Propaganda. O eterno Judeu mancha a imagem dos judeus poloneses, faz acusações, menospreza esse povo os colocando como seres perversos na história. Com o poder que tinha no ministério, Joseph Goebbels aproveitou bastante as vantagens do cinema para a difusão dos ideais nazistas e a idolatria de Hitler. Enfim, Hitler sabia qual era o potencial do cinema. Agora imagine se naquela época já existisse televisão? 

Por Priscila Pacheco


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