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terça-feira, 23 de outubro de 2012

Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade não é uma invenção da ciência


   Algumas crianças ao começarem a estudar apresentam dificuldade para aprender o que é ensinado. Isso pode ser desencadeado por problemas como TDA-H (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), Dislexia, Deficiência Intelectual ou Transtorno Invasivo do Desenvolvimento. Também pode haver somente um desinteresse por situações escolares.

   “Geralmente os professores são os primeiros a perceberem este problema. Visto que normalmente a criança não apresenta essas dificuldades em casa e as demonstram por volta dos seis e sete anos de idade quando iniciam o ensino fundamental.”, afirma a psicóloga e mestre em educação, Fernanda Araújo. A psicóloga ainda diz que “é possível realizar um diagnóstico precoce quando as crianças desde muito cedo, 2 ou 3 anos, apresentam distúrbios de linguagem ou dificuldades acentuadas para se relacionar com outras pessoas, por exemplo, isolamento ou agressividade.”.

   Ao diagnosticar o motivo pelo qual o desempenho escolar não vai bem é bastante importante que os pais compreendam a dificuldade do filho e se disponham a auxiliá-lo, evitando cobranças excessivas ou rótulos como o de “incapaz”. Todavia, também é necessário que o outro lado seja visto. Apesar de compreensivos os pais devem impor limites e mostrar a importância da escolarização.

   O tratamento terapêutico é recomendado quando a dificuldade de aprendizagem começa a rotular a criança e acentuar a diferença. Quanto antes o início da terapia melhor, para que a criança tenha um bom resultado quanto ao desenvolvimento escolar. O trabalho psicológico compreende as questões psicopedagógicas presentes na dificuldade de aprendizagem da criança. Para tanto, nos momentos de clínica o uso do lúdico, tratamento psicológico que possibilita o desenvolvimento da percepção, da imaginação, da fantasia e dos sentimentos, colabora para o desbloqueio do lado emocional da criança que impede o aprendizado.

   O lúdico também auxilia a criança no desenvolvimento de estratégias que facilitam seu aprendizado, utilizando os potenciais que tem de aprendizado. Por exemplo, se uma criança é muito agitada, o psicólogo age canalizando essa agitação para realizar as tarefas escolares. Além disso, o profissional deve trabalhar em conjunto com a escola e com a família, no intuito de auxiliar na compreensão do processo de aprendizagem da criança, assim como criar planejamentos que favoreçam essa aprendizagem.

   Portanto, a terapia, orientações aos pais e acompanhamento escolar são essenciais para a melhoria do problema. “Se não houver um tratamento, a criança pode desencadear sérios atrasos no desenvolvimento escolar, acarretando até o total abandono da escola. Desinteresse pelos estudos, baixa auto-estima, timidez ou agressividade. Nos piores casos pode ocorrer a somatização da dificuldade e a criança passa a reclamar de dores de cabeça ou de estômago na hora de ir à escola, ou até mesmo distúrbios mais graves como inapetência”, alerta a especialista Fernanda Araújo Cabral.

Por Priscila Pacheco

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